Como agir diante dos erros
O Evangelho deste final de semana (Mt 18, 15-20) 23º Domingo do Tempo Comum, mostra como agir diante dos erros e das limitações humanas na vida comunitária e a importância de rezar em comunidade.
A comunidade reúne pessoas de temperamentos, valores, e costumes diversos, comporta sempre desencontros e conflitos, que ameaçam a sua unidade. São Mateus apresenta uma regra em três etapas: primeiro uma correção fraterna do ofendido ao ofensor; caso este não a aceite, recorrer ao testemunho de duas ou três pessoas, e se ainda o ofensor resistir à correção, recorre-se à igreja, ou seja, à comunidade. A última providência, caso o ofensor persista em sua posição, é a exclusão, sendo “tratado como se fosse um pagão ou um publicano”. O reconhecimento do conflito e da ofensa se faz, acima de tudo, em vista de sensibilizar o ofensor e, em plena misericórdia, procurar sua mudança de atitude, garantindo sua inserção na comunidade.
Na continuidade temos a prática mais característica das comunidades dos discípulos de Jesus: a oração em comum ao Pai dos céus. A presença de Jesus, filho de Deus, entre os discípulos tem um sentido especial no momento em que não mais existe o Templo (destruído pelos romanos no ano 70) onde se pretendia ter a presença de Deus. E as próprias sinagogas estão dispensadas no momento em que os discípulos se reúnem em torno de Jesus, palavra viva de Deus.
A presença de Deus se dá na comunidade misericordiosa e inclusiva, comprometida com a acolhida, a reconciliação e o perdão, mantendo sua comunhão com o próprio Jesus presente em seu meio.
A propósito, como agimos em relação aos irmãos que erram? Nossas comunidades são acolhedoras e misericordiosas?
Pe. Leonir Alves