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A Voz do Pastor › 11/11/2021

O FIM DO MUNDO

O evangelho deste final de semana, (Mc 13, 24-32) 33º Domingo do Tempo Comum, é uma catequese sobre o rumo da história e a vinda do Filho do Homem.

O texto da liturgia deste domingo é chamado de “apocalipse de Marcos”. Empregando linguagem comum para aquele tempo (apocalíptica), o texto não pretende falar sobre coisas futuras, mas conduzir a comunidade cristã ao discernimento diante de fatos catastróficos, como a destruição de Jerusalém e do Templo no ano 70 da nossa era. Os discípulos de Jesus e a comunidade cristã se interrogam sobre quando e sobre o sinal que marca a vinda do Filho do homem. O Mestre garante que a comunidade cristã sobreviverá à destruição de Jerusalém e do Templo: “Depois da grande tribulação”. Em outras palavras, a missão dos discípulos de Jesus, que se prolonga no tempo e no espaço, vai continuar apesar dos conflitos e catástrofes da história. É próprio da linguagem apocalíptica fazer que a vinda do Filho do homem seja precedida de sinais grandiosos: “O sol vai se escurecer, a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair e as forças do céu serão abaladas. Longe de assustar, esse tipo de linguagem quer animar, dar esperança e fortalecer na resistência.

A vinda do Filho do homem é descrita como o próprio poder de Deus que age na história. As nuvens, sobre as quais ele está, são símbolo do poder e da glória divina que o Filho possui. Sua vinda é marcada pelo julgamento dos que se opõem ao projeto de Deus e pela salvação dos eleitos: No final, a metáfora da figueira mostra, por um lado, que o Reino já está presente na vida da comunidade. Mas para isso é necessário discernir essa presença nos sinais e nos acontecimentos da história.

Por outro lado, mostra a proximidade do fim como salvação para os eleitos. Os ramos da figueira que começam a ficar verdes, as folhas que brotam, são sinal de que o verão está próximo; os acontecimentos da história, os conflitos que apertam e inquietam a comunidade cristã, são sinais de que o Reino já está se realizando. É por meio deles que Deus vai conduzindo seu projeto e a própria história para um rumo novo.

A tarefa da comunidade e dos cristãos não é prender-se aos sinais sem deduzir deles a necessidade da prática que leve à criação do mundo novo. Os sinais são passageiros, mas a palavra de Deus permanece. Também não é tarefa da comunidade especular sobre o fim dos tempos. Jesus deixa bem claro que, “quanto ao dia e à hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho (que deverá vir), mas somente o Pai”. A propósito, percebemos a ação de Deus em nossa vida e história?

 

Pe. Leonir Alves

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