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A Voz do Pastor › 06/08/2021

JESUS É O PÃO DA VIDA

No Evangelho deste final de semana, (Jo 6,41-51) 19o domingo do tempo comum, temos a continuidade do capítulo seis de João, onde o humano Jesus, filho de José, se apresenta como “o pão da vida”.

O trecho de hoje começa com a rejeição por parte das autoridades judaicas filiadas ao sistema antigo, baseado no comércio. A rejeição se fundamenta na crítica que recorda a murmuração dos hebreus no deserto. Os líderes judeus querem um deus todo-poderoso capaz de resolver automaticamente todas as questões, que não os force a sair do sistema em que se encontram bem e comodamente instalados. E por isso rejeitam a proposta que Deus faz em Jesus. O escândalo está no fato de Jesus se apresentar como ser humano. A pergunta que se fazem é se ele, por ser humano, pode ter origem divina; se possui vida definitiva; se tem poder de comunicá-la. Temos aqui a ressonância da mentalidade de Natanael: “De Nazaré pode sair algo que preste?”.

A encarnação de Jesus revela a humanidade de Deus. Encarnando-se, ele optou pelo ser humano e por sua libertação. Jesus se tornou o ponto de referência indispensável para entendermos quem é Deus. A escola farisaica chegara a admitir a ressurreição como fruto da observância da lei. Jesus garante que a ressurreição depende da adesão a ele e a seu projeto, pois a nova lei que Deus oferece à humanidade é a pessoa de Jesus. O texto confirma isso, pondo na boca de Jesus a seguinte afirmação: “Todos serão discípulos de Deus” Ora, Deus inscreveu a nova lei na pessoa de Jesus, e todo aquele que escuta o Pai e aceita seu ensinamento adere a Jesus, porque ele é o único que está junto de Deus e vê continuamente o Pai. O evangelho se abre, aqui, à dimensão universal. A comunidade dos que creem, portanto, é comunidade aberta, como o projeto de Deus, que é proposta feita a todos.

O texto contrapõe dois tipos de alimentos: um que não conduz à vida definitiva (o maná do deserto), pois, apesar de comê-lo, os antepassados morreram sem entrar na posse da terra e da vida; outro que conduz à vida que dura para sempre (“Quem comer deste pão viverá eternamente”). Suplanta-se a lei antiga, comparada, pelos fariseus, ao pão. A vida definitiva não está nela, mas na carne de Jesus: “O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo”). Carne significa pessoa viva, e não lei morta, com suas observâncias incapazes de comunicar vida. É na pessoa de Jesus em sua condição de pão (isto é, dom amoroso), é na sua carne para a vida do mundo que se revela a humanidade de Deus. Em sua carne, tornou-se Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Aceitá-lo em sua humanidade é passar da morte à vida.

 

PARABÉNS PAI – Neste final de semana rendemos nossa homenagem, nosso carinho e respeito a todos os pais. Como é bom termos um pai por perto. Quantos ensinamentos, quantas lições, quantos valores que passam em nossa memória. Somos eternamente gratos a nossos pais e pedimos ao Bom Deus que derrame suas bênçãos sobre todos os pais.

 

Pe. Leonir Alves

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