Entrar pela porta estreita

O evangelho deste final de semana, Lc 13, 22-30 menciona a subida de Jesus para Jerusalém, fato que é mais que um trajeto geograficamente preciso, tem um valor simbólico e didático: são lições que Jesus dá aos discípulos na expectativa de sua “saída” deste mundo. No caminho a pergunta: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam? ”. A salvação é um dom de Deus e compete somente a ele. Aos discípulos compete viver esta graça, configurando a sua vida à vida de Cristo.

O discípulo é chamado a fazer uma opção: entrar pela “porta estreita”. No evangelho segundo João, Jesus se apresenta como a porta das ovelhas: “Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo” (Jo 10,9). A porta estreita é oposta à prática da iniquidade. Os que praticam “a iniquidade” são os que resistem a fazer a vontade de Deus; os que, pela dureza de coração, se opõem, perseguem Jesus; são aqueles para os quais a morte de Jesus é como uma “porta fechada”. É evidente que Jesus falava de seus contemporâneos, dos que perderam a oportunidade de reconhecer o tempo da visita salvadora de Deus.

A vida de cada um, e o definitivo da existência humana, se decide diante “diante do dono da casa”, do Cristo Ressuscitado, pela adesão ou rejeição a ele. Mas a salvação não se restringe a um povo; a humanidade inteira é destinatária da salvação de Deus em Jesus Cristo: “Virão muitos do oriente e do ocidente, do Norte e do Sul, e tomarão parte à mesa do Reino de Deus” (v. 29).

Não necessariamente os que foram chamados primeiro aceitarão participar do banquete do Cordeiro. Mas os últimos, os pagãos, têm também lugar assegurado, desde que aceitem entrar pela “porta estreita”. A propósito, aceitamos entrar pela “porta estreita”?

LEIGOS, A FORÇA VIVA DA IGREJA – Dentro do mês vocacional, neste final de semana lembramos das vocações leigas, de modo especial os catequistas. Pelo batismo, passamos a fazer parte de uma família maior, onde cada um é convidado a fazer a sua parte em favor do todo. Os leigos, cada vez mais assumem seu papel de protagonistas de uma Igreja viva, atuante e eficaz. Parabéns a todos que se doam em favor da comunidade Igreja!

Pe. Leonir Alves