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A Voz do Pastor › 09/03/2022

A VITÓRIA DA VIDA

No Evangelho deste final de semana, (Lc 9, 28b-36), segundo domingo da quaresma, temos o conhecido relato da transfiguração do Senhor. Se compararmos as narrativas de São Marcos e São Mateus, percebemos que estes situam o episódio no sexto dia, enquanto São Lucas, no oitavo. Não o fazem porque tiveram informações diferentes, mas porque olham de maneira diversa o significado do episódio.
O sexto dia lembra o dia da criação do homem: é certamente no contexto da criação de nova humanidade que os evangelistas querem entender a transfiguração. O “mais ou menos” oitavo dia de Lucas mostra que ele conhecia o texto de Marcos, mas queria lembrar o oitavo dia, o começo da nova criação do universo. Depois do descanso do sétimo, é novamente o primeiro dia, o dia da ressurreição de Jesus com seu significado cósmico e até ecológico.
Na Montanha – Jesus leva à montanha Pedro, Tiago e João. Pedro é aquele que, logo após afirmar ser Jesus o Messias, não admitiu que pudesse ser um Messias sofredor, humilhado pelos poderosos. Tiago e João pediram a Jesus os primeiros lugares na sua glória ou poder e provocaram a discussão sobre qual o maior entre os doze. Os três precisam de boa lição e por isso são levados à montanha, sozinhos, à parte, ao encontro com Deus. A conversa de Jesus com Moisés e Elias, representantes das Escrituras do antigo Testamento, então divididas em Lei de Moisés e Profetas. Conversavam sobre a paixão de Jesus que deveria ocorrer em Jerusalém. Enquanto isso os discípulos cairam no sono.
Deus Confirma – A voz de Deus é fundamental. “O meu filho, o eleito escutai-o!”. A nuvem, a sombra e também o medo de ver Deus lembram a presença divina na manifestação do monte Sinai. Quem eles agora devem ouvir é Jesus, a voz da nova aliança, que eles não eram capazes nem tinham o desejo de ouvir quando anunciava a própria morte. Pedro parece querer pôr Jesus em pé de igualdade com os representantes do antigo testamento. Propõe fazer uma tenda para cada um, a fim de que os três se estabeleçam e fiquem ali. No final, Jesus se encontra só: ele sozinho resume toda a Escritura. É preciso descer a montanha e encarar a realidade. A transfiguração é apenas o sinal futuro da vitória da vida sobre a morte. A propósito, o que estamos fazendo para transformar as situações de dor e morte que vivemos?

Pe. Leonir Alves

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