Estamos produzindo bons frutos?

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O Evangelho deste final de semana (Mt 21, 33-43) traz a conhecida parábola dos trabalhadores da vinha. Esta tem como imagem central a vinha.

Na tradição profética, fundada no tema privilegiado de “povo eleito”, a vinha representa o povo de Israel. O texto fundamental desta tradição é texto do profeta Isaías, (5, 1-7), apresentado na primeira leitura deste final de semana, que é uma parábola semelhante a esta de Mateus. O seu conteúdo é a não correspondência do povo de Israel ao projeto de Deus.

A parábola de hoje é dirigida, diretamente, aos chefes religiosos de Israel. A eles cabia conduzir o povo de Deus fazendo frutificar a justiça e o direito. Mas isso não aconteceu. Quando o Filho de Deus vem para colher estes frutos, não só não os encontra como, também, será morto por estes chefes. A sentença final significa uma reviravolta: o Reino de Deus será tirado destes dirigentes e entregue a um povo que produza frutos. É uma alusão aos gentios que acolheram Jesus.

O Reino de Deus está presente em todos os povos entre os quais vigora tudo que é verdadeiro, digno de respeito ou justo, puro, amável. O amor e a justiça unem a todos na paz, e seus frutos permanecem para sempre.

A propósito, que frutos estamos produzindo? E na escolha de nossos candidatos, olhamos para suas vidas e os frutos que produzem?

TODO BATIZADO É MISSIONÁRIO – No mês de outubro a Igreja dá atenção especial às missões. Todos os batizados são missionários, pois o batismo nos caracteriza como cristãos, discípulos e missionários de Jesus. Somos convidados a rezar e refletir por todos aqueles que deixam sua casa, família, pátria e vão para terras distantes anunciar o Evangelho. Mas podemos também ser missionários na nossa família, na nossa rua, no nosso trabalho e em todos os ambientes que estivermos. Como dizia Dom Pedro Casaldáliga: “Sou batizado? Então devo ser missionário. Se não sou missionário não sou cristão”.

Pe. Leonir Alves