O milagre da partilha
O Evangelho deste final de semana (Mt 14, 13-21) 18º Domingo do tempo comum, ficou conhecido como o relato da multiplicação dos pães.
O trecho de hoje começa dizendo que Jesus ficou sabendo da morte de João Batista e se retira para o deserto. O deserto recorda o exôdo e a gestação de uma sociedade alternativa. A partir do deserto Jesus inaugura um mundo novo, dando mais vida para a humanidade. O povo está sedento e corre atrás desta nova vida anunciada por Jesus. Os discípulos ainda não conseguem entender a dimensão desta novidade. “Mande essa gente embora, a fim de que vão aos povoados e comprem alguma coisa para comer”. Mas Jesus se compadece e mostra a grande diferença do seu ensinamento. “Eles não precisam ir embora. Dêem vocês mesmos comida a eles.”
E no gesto de sentarem-se juntos acontece o grande milagre: Todos comem, ficam satisfeitos e ainda há sobra. No gesto da partilha temos fartura e alegria de satisfação. Acredito que todos nós já tivemos oportunidade de fazermos lanches partilhados, onde cada um leva um “pratinho”. Todos comem, ficam satisfeitos e ainda tem sobra.
Como é possível um país que tem tantas riquezas e muitos não tem o que comer? Será que não é porque poucos tem muito e muitos tem pouco? A propósito, somos capazes de partilhar? Não somente dinheiro, coisas e comida, mas um pouco da nossa vida. Que tal?
SACERDÓCIO, O DOM DE SERVIR – Tradicionalmente na Igreja o mês de agosto é conhecido como o mês vocacional. Vocação é chamado de Deus e resposta do homem e da mulher como colaboradores na obra da criação. Cada final de semana destaca-se um modo de servir. Assim, neste final de semana, falamos da vocação sacerdotal. O sacerdote depois de muita preparação, responde por inteiro a este chamado entregando-se totalmente nesta causa. É pessoa humana, por isso tem falhas, mas o seu ministério é santo e divino, pois foi instituído pelo próprio Cristo. Somente pelas mãos do sacerdote podemos ter a preciosidade da Eucaristia. Nossa homenagem, carinho, amor e respeito para com todos os sacerdotes.
Pe. Leonir Alves