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A Voz do Pastor › 23/06/2022

DISPONIBILIDADE E LIBERDADE PARA SEGUIR JESUS

 No evangelho deste final de semana, 13º domingo do tempo comum (Lc 9,51-62), percebemos que o caminho para o seguimento de Jesus exige disponibilidade e liberdade. O texto situa o exato momento em que Jesus toma a firme resolução de ir a Jerusalém. Inicia-se o “êxodo” de Jesus, onde o principal objetivo é educar seus discípulos, abrindo-lhes os olhos a respeito das condições e consequências do seu seguimento. No evangelho do domingo passado (9,18-24), os discípulos, por meio de Pedro, haviam declarado a Jesus que ele era o “Messias de Deus”. Não sabiam, porém, o verdadeiro significado dessas palavras. A concepção de um Messias triunfalista predominava em suas cabeças. Isso já ficou evidente pelo tipo de discussão que tiveram logo depois da confissão de Pedro: quem deles seria o maior? Fica evidente também pela atitude de Tiago e João diante da hostilidade dos samaritanos. Estes são inimigos ferrenhos dos judeus. Certamente os dois mensageiros que Jesus havia enviado à sua frente deviam ter preparado os ânimos dos samaritanos. Mas parece que fracassaram. O que disseram e como fizeram? O fato é que sua missão não foi eficaz… Jesus repreende a Tiago e João e dirige-se para outro lugar.

Seguir Jesus exige radicalidade – No caminho são descritas três espécies de vocações. Nelas os discípulos devem reconhecer-se. Em cada uma delas, Jesus define quais devem ser as verdadeiras atitudes dos seus seguidores e seguidoras. A primeira e a terceira personagens desejam seguir a Jesus por iniciativa própria. As três são personagens sem nome e, portanto, representativas de todas as pessoas discípulas de Jesus. A primeira demonstra disposição incomum: “Eu te seguirei para onde quer que tu fores”. A expressão faz lembrar as palavras de Pedro um pouco antes de negar a Jesus: “Senhor estou pronto a ir contigo à prisão e à morte”.  A resposta de Jesus à primeira personagem alerta para a necessidade de ruptura com as seguranças e confortos que impedem a prontidão permanente.  As “tocas” e os “ninhos” estão ligados à acomodação do poder em suas instituições. A terceira personagem também se oferece espontaneamente para seguir a Jesus, com a condição de despedir-se primeiro do pessoal de sua casa. A personagem demonstra indecisão, própria de quem tem dificuldades de desapegar-se dos seus negócios e de quem ainda está amarrado a laços afetivos prejudiciais à liberdade e à autonomia necessárias para responder ao chamado divino. A personagem central é convidada por Jesus. Está, porém, ligada às tradições paternas. Jesus pede-lhe que deixe o passado para entrar na nova dinâmica do reino de Deus. Os três tipos de vocações sintetizam as atitudes que devem caracterizar o verdadeiro discipulado. Que discípulos somos nós?

 

Pe. Leonir Alves

Rádio Maristela


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