Paróquia São Domingos

Diocese
Menu
Paróquia São Domingos
Paróquia São Domingos

Rua Firmino Paim, 400 - Torres - RS

A Voz do Pastor › 19/11/2020

“Vinde benditos de meu Pai…”

Jimmy Chan

O Evangelho deste final de semana (Mt 25, 31-46), continuidade do Evangelho de domingo passado, é conhecido como relato do juízo final.  O relato se inicia com uma parábola para indicar a chegada definitiva do Reino de Deus. A menção ao Filho do Homem significa a volta de Jesus e o julgamento. Na Antiguidade, a principal função do rei era realizar julgamentos com base nos quais implantava a justiça, absolvendo os inocentes e castigando os culpados. Desse modo, a harmonia se instaurava na sociedade. Jesus usa essa linguagem da época como metáfora para indicar que o Reino de Deus é justiça.

A tarefa de Jesus, no fim dos tempos, é indicada pelos termos “Filho do Homem”, “rei” (sentado no trono) e “pastor”. Em primeiro lugar, ele nos mostra, pela parábola, que a separação será realizada apenas no final. Para elucidar isso, compõe sua narrativa com imagens muito comuns naquela época. Com essa breve parábola, Jesus está afirmando que a separação entre pessoas boas e más será feita somente no fim dos tempos, à semelhança da separação do rebanho, feita no fim do dia. Este é o primeiro ponto do ensinamento desse Evangelho.

Um segundo ponto é que, tanto no mundo quanto na Igreja, convivem misturados os que praticam o bem em favor dos sofredores e excluídos e aqueles que nada fazem pelas pessoas mais necessitadas. Portanto, não podemos passar uma linha no chão e dizer que, deste lado, o da Igreja, estão os que ajudam e, do outro lado, fora da Igreja, estão os que não se sensibilizam pela dor do outro. Essa constatação de Jesus deveria deixar os cristãos menos arrogantes e mais humildes.

No mundo, convivem os opressores e os oprimidos, os que acumulam muitas riquezas e os que passam fome. No mundo também estão aqueles que dão a vida em favor de um mundo melhor e o fazem sem nenhuma motivação religiosa. Essa mistura permanecerá até o fim dos tempos, quando todos estarão diante do Filho do Homem, que reinará sobre todas as nações. Somente aí se dará a separação, não entre os que são cristãos e os que não são cristãos, mas entre os que praticam o bem e os que não o praticam. A bem-aventurança do Reino é vivenciada por aqueles que compartilham a vida: alimentam o faminto, acolhem o peregrino, ajudam o enfermo etc. O contrário, a condenação, é vivida por aqueles que se fecham no egoísmo, estejam estes dentro ou fora da Igreja.

A surpresa nesse tipo de julgamento é grande, pois tanto os que praticaram o bem quanto os que não o praticaram têm uma reação de espanto com o veredicto do rei, já que ambos os grupos esperavam que a separação fosse feita entre religiosos e não religiosos, crentes e descrentes. Isso mostra que o Reino de Deus é muito diferente do que geralmente se pensa. É um Reino de amor e de partilha, no qual não há lugar para o egoísmo, a intolerância, a indiferença etc. (Cf. Revista Vida Pastoral)

 

Pe Leonir Alves

Deixe o seu comentário

Você deverá estar conectado para publicar um comentário.

Rádio Maristela


Mensagem do Pároco

Vídeos

Homenagem ao diácono Arnaldo

Nossas Comunidades