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A Voz do Pastor › 26/08/2021

O QUE TORNA UMA PESSOA IMPURA?

No Evangelho deste final de semana, (Mc 7,1-8.14-15.21-23), percebemos uma nova moralidade trazida por Jesus.

O texto começa situando Jesus em meio aos conflitos que sua prática provoca. Há uma espécie de CPI vinda de Jerusalém, sede do poder central, para investigar a prática de Jesus. As intenções dessa comissão, composta de fariseus e doutores da Lei, não são boas, pois se suspeita que Jesus e seus discípulos estejam transgredindo a tradição. Por trás de fariseus e doutores da Lei esconde-se, evidentemente, o Sinédrio, o tribunal que vai condenar Jesus à morte. O ponto de discussão com Jesus diz respeito à lavagem ritual. Não lavar as mãos antes das refeições é desrespeitar as tradições farisaicas.

No tempo de Jesus, tudo o que se comprava no mercado devia ser purificado, com base na hipótese de estar contaminado por contágio com alguma pessoa ritualmente impura, como o “povo da terra” ou os pagãos. Jesus, como Mestre, é responsável pelo comportamento de seus discípulos. Para os inquisidores, ele não tem autoridade para promover normas religiosas. A resposta de Jesus é a abolição da diferença entre puro e impuro como barreira entre judeus e pagãos. Ele chama os doutores da Lei e fariseus de hipócritas porque transformam as aparências no elemento mais importante da religião. E convoca a multidão para o discenimento. “Escutem e compreendam!”

Compreender requer discernimento e disponibilidade em aceitar a novidade de Jesus. Mais ainda: é preciso posicionar-se do lado dele e de seu projeto, passar de fora para dentro para deixar de ser hipócrita, ou seja, injusto. A novidade de Jesus contrapõe justamente fora e dentro. Para o casuísmo farisaico, a impureza estava fora, nos objetos, coisas ou pessoas impuras. Para Jesus, a impureza é consequência das opções de vida das pessoas; vinda de dentro, do coração.

No final são apresentados um catálogo de 13 vícios: más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Há, nesse elenco, uma espécie de síntese de tudo o que de ruim o ser humano é capaz de fazer contra si próprio e contra os outros. Esses vícios velados tornam-se evidentes no dia a dia das pessoas pelo fato de orientarem a atividade do ser humano: das intenções veladas passa-se à concretização: roubos, assassínios, adultérios, fraudes etc. Jesus garante que a impureza não é fornecida pela natureza; ao contrário, é questão de opção.

A propósito, como seriam as relações sociais se as pessoas optassem pela justiça? Continuariam existindo privilegiados e marginalizados, opressores e oprimidos?

 

CATEQUISTAS – Dentro do mês vocacional, quando temos cinco finais de semana, como o caso deste ano, a igreja dá um destaque especial aos catequistas. Eles são exemplos de doação, levando até a criançada e a juventude os ensinamentos e a vivência da fé cristã. Nosso agradecimento a estes bravos catequistas e o pedido que Deus os abençoe nesta nobre missão.

 

Pe. Leonir Alves

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