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A Voz do Pastor › 24/07/2020

A preciosidade do Reino de Deus

O Evangelho deste final de semana (Mt 13, 44-52) 17º Domingo do tempo comum, salienta através de parábolas, o quanto é preciso o Reino de Deus.

Neste trecho temos a narrativa das três últimas parábolas de um total de sete, que o evangelista Mateus, nos coloca no capítulo 13 do seu Evangelho. As duas primeiras parábolas da leitura deste domingo concentram-se no grande valor do Reino: um tesouro escondido num campo e uma pérola de grande valor. As duas obedecem à mesma lógica: o bem precioso encontrado gera em quem o encontra a decisão de “vender tudo” para adquirir o que encontrou. Diante do Reino, tudo mais perde valor. O discípulo percebe esta supremacia, despoja-se de tudo e adere ao Reino.

A terceira parábola tem certa semelhança com a parábola do joio e do trigo. Contudo aqui o núcleo da parábola é o julgamento escatológico, no fim dos tempos, com a separação entre os maus e os justos. Este dualismo entre maus e justos é uma herança do Antigo Testamento, e foi descartada e superada por Jesus. Particularmente o destino final dos maus, lançados na fornalha de fogo, com ranger de dentes, é um ato cruel que destoa com a prática misericordiosa e amorosa de Jesus. Nos últimos dois versículos têm um resumo de todo o capítulo 13 de Mateus, que apresenta o discípulo ideal. Estes são capazes de entender os mistérios do Reino e também de tirar oportunamente o velho e o novo.

Curiosamente, o Evangelho não termina aí, e sim com a afirmação: “todo mestre da Lei que se torna discípulo do Reino dos céus é como um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas”. Essa fala final de Jesus funciona como uma espécie de resumo de todo o ensino parabólico. Ele retoma a questão do Reino dos céus, da Lei e do tesouro, presente nas duas primeiras parábolas. Jesus não fala de quem se torna discípulo seu, mas do Reino dos céus; não fala de seus discípulos, mas de “todo mestre da Lei” e do tesouro destes. Com isso, está dizendo que o conhecedor da Lei, uma vez que se torna discípulo, tira do tesouro da Lei mais que “velhos” ordenamentos: tira o espírito que anima cada lei e mandamento do Senhor. Entre os peixes bons também haverá “mestres da Lei”.

 

Pe. Leonir Alves

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