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A Voz do Pastor › 23/11/2021

A LIBERTAÇÃO ESTÁ PRÓXIMA

O evangelho deste final de semana, (Lc 21,25-28.34-36), primeiro domingo do advento, mostra a proximidade da salvação. O capítulo 21 de Lucas é um apocalipse. É uma forma de escrever estranha para nós. O gênero literário apocalíptico não quer falar de coisas que vão acontecer num futuro remoto ou próximo. É um modo misterioso de falar sobre as coisas do tempo presente. É uma linguagem para tempos difíceis cuja finalidade é animar as comunidades para a denúncia profética e para a resistência diante de tudo o que se opõe ao projeto de Deus.

O cristianismo tem um caminho aberto pela frente. É aqui, em nossa história cheia de conflitos, que somos chamados a levantar a cabeça e ficar de pé, pois nossa libertação está próxima, ou seja, está em curso, uma vez que o Cristo, tendo vencido as forças da morte, está vivo e virá para nos salvar definitivamente. Os abalos cósmicos são prenúncio da novidade que Deus vai criar. Na nova Jerusalém já não existirão sol, lua, estrelas. Tudo é novo. E essa novidade é resultado da própria ação de Deus, que tem poder sobre os elementos cósmicos. Portanto, longe de assustar, esse tipo de linguagem quer animar, dar esperança e fortalecer na resistência. Isso vale também para Lucas. Com essas imagens estranhas, baseadas em catástrofes cósmicas, o evangelista pretende afirmar que os inimigos do projeto de Deus vão perdendo, por força do testemunho das comunidades cristãs, as máscaras que ocultavam a injustiça e a perversidade da sociedade estabelecida.

A vinda do Filho do homem, portanto, não é algo que se deva esperar passivamente. Ao contrário, é já uma presença, cuja manifestação depende do testemunho dos cristãos. A norma que o evangelho dá, a fim de que as pessoas possam ficar de pé diante do Filho do homem, é esta: “Fiquem sempre acordados e rezem para ter força”. Trata-se de vigilância ativa, acompanhada pela oração-discernimento: a vinda do Filho do homem não é expectativa passiva de acontecimentos futuros. É prática cristã que não se acomoda (fiquem acordados), mas procura adequar-se, mediante a oração, à vontade de Deus. A propósito, estamos acordados e vigilantes?

É TEMPO DE ADVENTO – Neste final de semana começamos um novo ano na Igreja. É tempo de advento, de espera e preparação para o natal. Para as duas maiores festas cristãs, Páscoa e Natal, a Igreja nos propõe um tempo de preparação, que na Páscoa chamamos de quaresma e no natal advento. Advento vem de advir, espera, preparação, caminho para a vinda de Jesus. Advento não é natal, mas preparação para o natal. O natal está profanado pela exploração econômica. Os interesses comerciais ligados a ele atropelam completamente a consciência e a vivência do advento. Assim a igreja nos convida a fazermos destas quatro semanas um tempo de preparação, de recepção e acolhida para que o guri-Deus faça sua morada mais uma vez no meio de nós.

Pe. Leonir Alves

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